28/04/11

Conversas no Pavilhão do Conhecimento

Já aqui falámos das "conversas" no Pavilhão do Conhecimento, organizadas pela Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, e que reúnem especialistas de diferentes áreas para debater temas actuais e nem sempre consensuais relacionados com a sexualidade humana. No próximo Sábado, a conversa é dedicada ao abuso sexual.

30 ABRIL | O abuso sexual

Que tipos de abuso sexual existem? Quem são as vítimas? Quais os efeitos? Que papel temos todos nós?

Abuso Sexual - Entre vítimas e agressores com Jorge Cardoso (psicólogo clínico, Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz)

Abuso sexual de rapazes com Afonso de Albuquerque (médico psiquiatra)

Para saber mais: aqui

23/04/11

Seminário | Pombal

 
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A Escola Secundária de Pombal, com a colaboração do Centro de Formação de Professores "Cenformaz", promove, no dia 30 de Abril, um seminário sobre a temática «Educação Sexual em Meio Escolar: Desafios e Realidades».

Este seminário decorrerá no auditório do Teatro-Cine de Pombal, com início previsto para as 14:00 horas, tem como público-alvo Professores e Encarregados de Educação e como objectivo suscitar reflexão/debate sobre a temática, assente no princípio de que Educar para a Sexualidade é Educar para a Saúde.

Pode inscrever-se aqui: CENFORMAZ

22/04/11

Pulseiras com códigos


"À partida parecem pulseiras coloridas inofensivas, mas o significado das suas cores tem uma conotação sexual explícita. Apelidadas de "pulseiras do sexo", são usadas por miúdos de escolas primárias e secundárias numa brincadeira tudo menos inocente, que já deu origem a uma violação e duas mortes.

Um conjunto de pulseiras custa menos de dois euros e é vendido em qualquer loja de adereços. Cada cor representa o género de "carinho" que quem a usa terá de dar a quem conseguir rebentar a pulseira. Desde um abraço a sexo oral, vale tudo.

De acordo com relatos de adolescentes ao jornal britânico "The Sun", "os miúdos perseguem-se uns aos outros nas escolas, tentando rebentar as pulseiras uns dos outros". Quem não as usa é invariavelmente excluído do grupo, revelam os jovens. As mais comuns são as amarelas, que significam a intenção de "um abraço". A cor-de-laranja representa um beijo na boca, se for vermelha o beijo é com língua. Há pulseiras para striptease, deixar acariciar os seios, sexo oral e relação sexual "completa". Os rapazes, "são os grandes portadores" desta última.

As "pulseiras do sexo" passaram a ser tema do dia na comunicação social inglesa, quando uma rapariga de 13 anos foi violada por três rapazes, em Londres. Segundo as autoridades, o crime terá sido motivado pelo uso do adereço.

A vítima foi abordada pelos três jovens, que lhe arrancaram uma pulseira, cobrando de seguida o respectivo "carinho". Neste caso seria ter relações sexuais. A rapariga foi coagida pelos três rapazes a ir para casa de um deles, onde acabou por ser abusada. Os envolvidos não se conheciam, o que leva as autoridades a assumirem que o que terá desencadeado a agressão foi a "pulseira do sexo". A jovem está agora a ter acompanhamento psicológico. Os agressores, um deles maior de idade, aguardam decisão do tribunal."

Fonte: Expresso

A cada cor de uma pulseira corresponde um acção de cariz sexual que o portador da pulseira já experimentou ou está disposto a fazer, e que pode ir desde um abraço até ao próprio acto sexual.

Amarelo - abraço
Rosa - "chupão"
Laranja - beijo
Roxo - o portador da pulseira tem que beijar quem partiu a pulseira, seja rapaz ou rapariga
Vermelho - dança erótica
Branco - mostrar os órgãos genitais
Verde - sexo oral a uma rapariga
Azul - sexo oral a um rapaz
Preto - acto sexual
Dourado - o portador tem que realizar todos os actos representados pelas outras cores.

21/04/11

PRESSE | Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar


"O PRESSE é o Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar, promovido pela Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (ARSN) através do seu Departamento de Saúde Pública (DSP) em parceria com a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), que apoia a implementação da educação sexual nas escolas, de uma forma estruturada e sustentada, envolvendo o trabalho conjunto entre os profissionais de educação e de saúde escolar.

O PRESSE apresenta-se como uma resposta facilitadora de todo o processo através de medidas de intervenção definidas regionalmente e aplicadas a nível local. O modelo de intervenção PRESSE assenta na metodologia de projecto e promove a intervenção interdisciplinar.

Entendendo a Educação Sexual como uma importante dimensão da promoção e protecção da saúde e do processo global de educação, o DSP constituiu um grupo de trabalho multidisciplinar (gt-PRESSE), com formação e experiência relevantes nesta área, que estrutura, executa, monitoriza, avalia e apoia a implementação do programa no local."

Para conhecer o site clique aqui: PRESSE

08/04/11

Sexualidade na Deficiência


"Eu cá sei, eu cá sei! Fazem-se bebés quando o homem põe a pilinha no pipi da mulher e depois sai uma coisa e os bebés ficam feitos. É assim, não é?" As vozes sobrepõem-se na aula de educação sexual. Há guinchos e gargalhadas e batidas na mesa. Os temas debatidos provocam excitação. "Eu vou casar com o vocalista dos Green Day. Vou comprar o vestido de noiva, casamos e depois vamos para a cama!"

A Cooperativa de S. Pedro, em Barcarena, é uma instituição que acolhe deficientes mentais e onde a sexualidade não é um tabu. Ou, pelo menos, há um esforço nesse sentido. As aulas de educação sexual são apenas um dos sinais de que o assunto não é silenciado. "Eu quero fazer sexo. E até já fiz montes de vezes com imensos homens!", exclama uma das alunas, provocando as gargalhadas dos outros. "Vá, calma, vamos lá quem é que sabe o que é uma relação sexual?", interrompe uma terapeuta, sorrindo com a exaltação que a temática provoca sempre.

Repressão ou provocação

Ivone Félix, directora pedagógica da instituição, começou a trabalhar com deficientes mentais há 20 anos. De então até hoje reconhece que houve mudanças nas mentalidades mas admite também que há ainda um longo caminho a percorrer "Ainda há muito mal-estar, mesmo por parte dos técnicos que trabalham todos os dias com os deficientes. Às vezes vêm ter comigo muito perturbados: 'Ai fulano está ali a masturbar-se, que horror!' Mas que horror porquê?" A terapeuta insiste que é essencial ensiná-los a explorar o corpo em privado mas também sabe que nem todos têm a capacidade para aprender: "E nesses casos, a questão é simples: a quem é que aquilo está a incomodar? É a quem vê, não é? Então talvez o deficiente possa continuar o que está a fazer, e quem estiver incomodado que abandone a sala."

Ivone sabe que nem todos pensam como ela, mesmo na instituição que dirige. Porém, quer acreditar que já não ocorrerão ali situações como aquelas a que assistiu, há vários anos "Já vi de tudo. Desde funcionárias que batiam nos deficientes que estavam em práticas masturbatórias, às que lhes chamavam porcos, 'tira daí a mão, que grande porcaria', até à situação contrária, técnicas que os estimulavam com revistas pornográficas, para satisfazerem as suas tendências voyeuristas."

É que, se a sexualidade dos deficientes mentais é um problema para muitos técnicos, não será errado dizer que ela também se transforma, demasiadas vezes, numa verdadeira obsessão de todos os que lidam diariamente com os utentes internados. "Se há quem os considere assexuados, há quem pense o oposto, que eles só pensam nisso, de uma forma quase animalesca. As duas opiniões estão erradas porque, no que diz respeito à sexualidade, eles são exactamente como todas as outras pessoas", esclarece a psicóloga Ana Allen Gomes.

Ler texto completo aqui.

Afectos sem Stress


Numa tarde quente de um Verão antecipado, trocaram-se afectos, saberes, gestos de carinho. Fizeram-se descobertas. Viram-se a Lua e Saturno. Conviveu-se. Leu-se poesia.Comemoraram-se aniversários de alunos. Tocou-se bateria. Conversou-se. Sem stress. Sem pressas. Sem tecnologias e distâncias entre as pessoas. Com presença, com prazer, com curiosidade. Tudo aquilo que faz (ou deve fazer) parte da adolescência e do desenvolvimento saudável de qualquer jovem.

A Actividade "Ciência, Arte, Gastronomia, Afectos, sem Stress (ES)", integrada no P.E.S.E.S. (Projecto de Educação para a Saúde e Educação Sexual), do Agrupamento de Escolas de Ansião, reuniu a comunidade escolar e extra-escolar, contribuindo desta forma para uma interacção diferente do habitual.
Com actividades bastante diversificadas e muito interessantes, para todos os gostos, este foi um momento de quebra de rotina e de criação de espaços de afectos, cada vez mais necessários numa sociedade onde crescem a solidão e as dificuldades de comunicação e de relacionamento.

Ler mais aqui.

04/04/11

Violência no namoro é preocupante


Entrevista a Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, segundo a qual "a violência no namoro é um fenómeno emergente".

"Em termos de vítimas de violência doméstica quais são as principais vítimas directas?

Continuam a ser as mulheres. (...) O maior tipo de violência é psicológica, seguida da física e da sexual. Por exemplo, 25% a 35% das pessoas com idades entre os 13 e 19 anos consideram que não há violência sexual no namoro. Ou seja, entende qualquer cedência sexual no quadro do namoro como um gesto de amor. Isto é gravíssimo do ponto de vista dos valores e da representação.

Essa é uma das razões por que lançaram uma campanha contra a violência no namoro?

Sim, foi por isso que elegemos esse tema. Dados do Conselho da Europa indicam que 12% a 15% das mulheres com mais de 16 anos passam por situações de abusos nas relações amorosas. E o estudo da Universidade do Minho indica que os jovens têm uma percepção errada da violência no namoro.

O que é que justifica esse tipo de percepção ?

Estamos perante um fenómeno preocupante e emergente, mas a realidade sociológica também mudou muito. Há uns anos não se falava na união de facto antes do primeiro casamento e, hoje, ninguém vai para uma relação de casamento formal sem ter experimentado uma união de facto. Este estatuto de ambivalência em que os jovens, por um lado, são chamados cada vez mais cedo a assumir responsabilidades e a tomarem decisões e, por outro, entram cada vez mais tarde no mercado de trabalho, coloca-os numa situação complexa do ponto da intervenção cívica. Responsabilizamos e, depois, desresponsabilizamos. Analisado no quadro dos afectos, isto leva a uma organização problemática da própria afectividade.

Têm muitas queixas de namorados?

Esta população ainda não se queixa. Temos recebido muitos telefonemas, mas não é em percentagem tão significativa como as da população adulta. Até porque, embora o crime de violência doméstica seja crime público desde 2000, só o passou a ser para os jovens [idosos, crianças, homossexuais, namorados] com a revisão do Código Penal, em 2007. Houve também uma alteração legislativa. Mas o objectivo da campanha não é tanto promover a apresentação de queixas, mas a de promover a construção de novas representações dos afectos. Pretendemos combater uma representação errada dos afectos."

Ler entrevista completa aqui.

02/04/11

Direitos Sexuais e Reprodutivos



Todos os jovens do mundo, independentemente do sexo, religião, cor da pele, orientação sexual ou das suas capacidades físicas e mentais têm, enquanto seres sexuados, os seguintes direitos:

-O direito a ser ele(a) próprio(a), livre para tomar as suas decisões, manifestar a sua opinião, desfrutar da sexualidade, sentir-se seguro(a), decidir casar ou não e planear a sua família.

-O direito de estar informado(a) acerca dos seus direitos, sobre sexualidade, contracepção e IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) / SIDA.

-O direito a tomar precauções para se proteger de gravidezes indesejadas, das IST / SIDA e de abusos sexuais.

-O direito a cuidados de saúde, confidenciais, acessíveis, de boa qualidade e prestados com respeito.

-O direito à participação no planeamento de projectos para e com jovens, em encontros e seminários, na tentativa de influenciar os governos através dos meios apropriados para tal.

Fica a Carta dos Direitos Sexuais e Reprodutivos da IPPF, completa, para consulta.
 
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01/04/11

Como escolher os materiais mais adequados?


Antes de utilizarmos materiais de apoio para a educação sexual, é fundamental termos conhecimento da diversidade que existe hoje à nossa disposição e avaliar até que ponto se adequam ao leque de idades com que trabalhamos.

Neste sentido, há alguns aspectos a ter em conta:

  • necessidades multiculturais;
  • diferentes crenças religiosas;
  • a relevância dos materiais para a criança, no que respeita à classe, meio urbano/rural;
  • o grau de familiaridade para a criança;
  • todos os tipos de estereótipos, por exemplo, incapacidades, raça;
  • as mensagens implícitas na utilização dos materiais (deve sentir-se à vontade com os que seleccionar).

Sanders, P. e Swinden, L. (1995). Para me Conhecer. Para te Conhecer... Lisboa: APF.