29/01/12

ToKandar!

O desafio era irrecusável. Começar um dia de formação com uma caminhada integrada no Projecto de Educação para a Saúde do Agrupamento de Escolas de Sobral de Monte Agraço, na qual participam alunos e encarregados de educação, acompanhados por professoras.
Todos os sábados o ponto de encontro é a escola. Às 9h30. Segue-se cerca de 1h30 de caminhada por trilhos nos montes circundantes. Uma forma saudável de começar o fim-de-semana, promovendo o exercício físico e as relações afectivas entre alunos-escola-família. Uma actividade que saliento por ser tão positiva, num tempo em que tanta falta nos fazem exemplos assim.
No passado sábado, integrámos o grupo e começámos o dia a andar. O frio não nos demoveu. E ainda bem. A vista era maravilhosa e o convívio foi excelente. Uma forma única de começar o dia, a que se seguiram dinâmicas, reflexões e partilhas, em forma de palavras, bolas e desenhos... Parabéns a todas pela resposta  aos desafios ao longo de todo o dia!




26/01/12

Cartazes pessoais


Aqui fica mais uma sugestão de uma dinâmica de grupo.

Objectivos: Incentivar os alunos a reflectir sobre o que é importante para eles e a confrontarem-se e a aceitarem diferentes pontos de vista, valores e formas de estar na vida. Aprofundar o conhecimento interpessoal.

Material: Uma folha A3 para cada aluno (ou cartolina, papel de cenário...); lápis; marcadores; cola e revistas para recortar (pedir aos alunos para trazer, pedir na biblioteca revistas fora de uso...).

Procedimento: Propor que cada aluno utilize os recursos disponíveis para criar um cartaz sobre si próprio e sobre o que é mais importante para si (família, amigos, hobbies...). Os cartazes podem ter elementos gráficos e texto escrito. Podem também ter um slogan pessoal.
Depois, pedir que cada um mostre o seu cartaz aos colegas e que fale um pouco sobre ele.
É importante salientar sempre a diversidade de percursos de vida, hábitos, gostos... bem como a sua riqueza e a importância da tolerância relativamente à mesma.

Nota: É essencial, como em qualquer dinâmica de grupo, que ninguém seja pressionado para se expor, mas que se crie um clima de confiança e de respeito para que todos se sintam à-vontade para partilhar o seu cartaz e as suas ideias.

Desafio | Frases

Desta vez, o grupo da acção de formação em Sobral de Monte Agraço foi desafiado a associar uma crase/citação a uma imagem. Com alunos, poder-se-á fazer o mesmo ou propor-lhes que escrevam uma história, de acordo com o objectivo e o tempo de que se dispõe. Esta actividade pode fazer-se em diferentes disciplinas, consoante as imagens que se escolham.
Um exercício criativo que teve o seguinte resultado...


"Muitas etapas... um objetivo!"

"O colorido da vida fortalece o amor."

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
Antoine de Saint-Exupéry

"O amor é uma coisa que vive de consertos. Se se deita fora na primeira dificuldade, então talvez não tenha sido amor."
Revista Energia

" Dá cor à tua vida! Ama!"

"O Amor não escolhe raças."

"Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou..."
Fernanda Mello

"Amor colorido."

"O verdadeiro amor não surge do nada, constrói-se e cresce alimentando-se de «partículas» coloridas."

"A construção do nosso percurso como seres humanos, a cor da nossa vida é parcialmente construída, traçada por nós. As aparas, erros ou falhas são também elementos presentes nessa construção e na capacidade de dar e receber."

"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também viver um grande amor."
Wolfgang Amadeus Mozart

"No amor tudo se completa."

"Cor é vida é paixão."

"O poder da cor é comparável ao poder do amor."

"Amor, paleta de cores que se fundem."

"O amor dá cor às nossas vidas"

"O lápis é a imaginação com que o amor desenha e recorda os seus melhores momentos que vai crescendo no nossos corações."

"A grandiosidade que a natureza encerra na sua diversidade de cores, vê-se na simplicidade das coisas pequenas."

"A vida pinta-se com as cores do amor que tão fortes nos podem tornar como tão frágeis nos podem deixar."

"Num mesmo coração cabem todas as crenças, raças e cores. A diversidade fortalece-o e enriquece-o."

"A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo."
Vitor Hugo

"Se os teus projectos forem para um ano, semeia cada cor do arco-íris.
Se os teus projectos forem para dez anos, pinta as cores do arco-íris com muito amor em cada coração.
Se os teus projectos forem para cem anos, então estarão fornecidos os alicerces para a educação."

O perigo das redes sociais

Estas notícias passam cada vez mais despercebidas, diria eu pela frequência cada vez maior com que acontecem. Mas devem fazer-nos pensar sobre os riscos cada vez maiores a que as crianças, os adolescentes e nós próprios estamos expostos. Este é um dos motivos pelos quais as aproximações abusivas fazem parte dos conteúdos mínimos a abordar em Educação Sexual e são transversais a todos os ciclos. É URGENTE trabalhar este tema, em qualquer idade!
Basta lermos os comentários associados a esta notícia, para percebermos como todass as pessoas têm que ser educadas, em muitos sentidos...

Uma menor de 14 anos, de Sesimbra, terá sido seduzida, repetidamente violada e vítima de inúmeras agressões físicas e psicológicas, na sequência de encontros naquela localidade do distrito de Setúbal, entre Agosto e Setembro de 2011, com um homem de 22 anos, acusado da prática daqueles crimes, com quem estabeleceu contacto através da rede social Facebook.

(...)

A investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária de Setúbal, que inclui testemunhos da menor e provas de perícia forense informática (ao abrigo da Lei da Cibercriminalidade) validados pelo despacho de acusação do Ministério Público de Sesimbra, concluiu que a sequência dos alegados crimes ter-se-á iniciado com uma primeira violação sexual da jovem após o encontro combinado através dol Facebook.

Sustenta a acusação do Ministério Público que a menor terá sido, a partir de então, continuadamente ameaçada com a divulgação dos actos e, assim, forçada a outros encontros e à prática de novos actos sexuais. É também descrito na nota da PGDL que o agora arguido obrigou a vítima à divulgação da sua palavra-passe do Facebook, a quem terá alterado o perfil, filmando-a em práticas sexuais, exigindo-lhe a cedência de fotografia desnudada e para a ameaçar de revelar naquela rede social na Internet todos os actos a que a coagira a praticar.

Fonte: Público

21/01/12

Um sítio mágico


E ao regressar de mais uma acção de formação, houve tempo para um desvio até lá. Onde estava para ir há muito. Ao sítio onde adivinhava magia. E sim, ela lá estava. Logo à chegada, com o sol já a adormecer no horizonte. À entrada, na luz quente que prometia histórias e conforto. Lá dentro, em cada recanto, em cada pormenor, em cada ilustração, em cada móvel, em cada sorriso e em cada palavra. E eles lá estavam, em todos os sítios. Os livros. Essa magia única que apenas se encontra em pequenos tesouros, como cada um dos livros que o Bichinho de Conto nos oferece.
Um sítio mágico, sim. Que nos faz acreditar que as coisas mais loucas fazem todo o sentido. Como uma livraria numa antiga escola primária, num local perdido perto de Óbidos. Sim, é possível.

E muito em breve, na acção "Do medo construir escadas", no Sobral de Monte Agraço, haverá uma surpresa com a cumplicidade do Bichinho...
Até lá, espreitem o site e, se puderem, façam uma visita! Acreditem que vale a pena!

Bichinho de Conto

A oeste tudo de novo


Os últimos desafios têm-me levado até ao Oeste, uma região quase desconhecida para mim, mas que tem sido uma agradável descoberta. Tenho tido a sorte de ter sol em todas as viagens, que dá um dourado especial aos montes cobertos com as suas mantas de retalhos. Aproveito as viagens para olhar à minha volta, às vezes até para parar, nem que seja por breves minutos. A paisagem é deslumbrante. Há uma tranquilidade e uma paz raras. Os moinhos sempre me encantaram. Tudo me encanta por aqui, a verdade é mesmo essa. E depois as pessoas. Gente com garra, com vontade de fazer mais e melhor, com entusiasmo e boa disposição. A oeste tudo de novo, sem dúvida!

20/01/12

O "perigo" do brincar...

Uma notícia publicada esta semana e que é interessante para nos fazer reflectir sobre a importância, mas também sobre o "perigo", que o brincar e os brinquedos têm em todas as culturas, chegando mesmo ao ponto de serem proibidos...
Porque não lê-la com os seus alunos e estimular um debate sobre os motivos que estarão na origem desta proibição?

«Há aproximadamente três semanas [a polícia] veio à nossa loja, pedindo-nos que removêssemos todas as Barbie que tínhamos à venda”, disse um lojista de um estabelecimento comercial a norte de Teerão. Contudo, a guerra à Barbie não é uma novidade no país, que pelos seus valores religiosos desde sempre condenou a famosa boneca da Mattel, tendo mesmo em 1996 dito que a Barbie representava um símbolo anti-islâmico, capaz de ter consequências “destrutivas” a nível “cultural e social”.
(...)
Isto porque, apesar de em 2002 o país ter criado bonecos aprovados oficialmente e que pretendiam concorrer com a Barbie e com o seu namorado Ken, a boneca campeã de vendas continuou a ser a preferida das crianças. Sara e Dara, as versões oficiais de Barbie e Ken, respectivamente, vestiam roupas tradicionais e Sara surgia com a cara tapada com o véu islâmico – mas nunca conseguiram concorrer com o vasto guarda-roupa e acessórios da boneca norte-americana.»

Notícia completa: Público

17/01/12

Desafio | Músicas


Aqui fica o resultado do desafio lançado às formandas do curso "Do medo construir escadas", que está a decorrer no Sobral de Monte Agraço.

Que música associam à Educação Sexual, que possa ser utilizada como recurso na sala de aula para uma actividade com os alunos?...

Obrigada pelas vossas sugestões!



Antonio Banderas e Katya Virshilas - "Así se baila el tango"


Clã - "Embeiçados"


Daniel Gameiro - "Dá-me um abraço"


Carlos Paião - "Cinderela"


André Sardet - "Adivinha quanto gosto de ti"


André Sardet- "Foi feitiço"


Da Weasel - "Dialectos da ternura"


Da Weasel - "Retratamento"


Mafalda Veiga - "Velho"


Pedro Abrunhosa - "Beijo"


Charles Aznavour - "She"


Heath Ledger - "Cant take my eyes off you"


Françoise Hardy - "Tous les garcons et les filles"


Westlife - "My Girl"


Adriana Calcanhoto - "Fico assim sem você"


Rita Lee - "Amor e Sexo"


Tribalistas - "Já sei namorar"


Tribalistas - "Velha infância"


Joe Cocker - "You can leave your hat on"


John Lennon - "Woman"


Ana Free - "Summer Love"


Kenny G. - "Forever in Love"


Emiliana Torrini - "Jungle Drum"

16/01/12

Seminário | Óbidos

«O Município de Óbidos, através do Programa Municipal de Incentivos à Juventude, irá realizar no próximo dia 27 de Janeiro, um seminário dedicado ao tema da juventude, sob a designação “Jovens: estilos de vida e comportamentos”.

O seminário, embora especialmente dirigido a todos os profissionais que, nas mais diversas áreas, contactam com população jovem, está aberto a todos os interessados, pretendendo, acima de tudo, constituir-se como um espaço de reflexão e debate.

A entrada é livre mediante inscrição obrigatória.»

Fonte e mais informações aqui.



Aqui fica o programa:

 
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15/01/12

"Eles somos nós"...

Partilho este belíssimo texto, pela sua actualidade e pela ligação aos motivos que estão na origem deste espaço. Lugar ao afecto!

Somos a primeira pessoa do plural

Estamos tão perto uns dos outros. Somos contemporâneos, podemos juntar-nos na mesma frase, conjugarmo-nos no mesmo verbo e, no entanto, carregamos um invisível que nos afasta. Ouvimos os vizinhos de cima a arrastarem cadeiras, a atravessarem o corredor com sapatos de salto alto, a sua roupa molhada pinga sobre a nossa roupa a secar; ouvimos a voz dos vizinhos de baixo, dão gargalhadas, a nossa roupa molhada pinga sobre a roupa deles a secar; cheiramos as torradas dos vizinhos do lado, ouvimo-los a chamar o elevador e, no entanto, o nosso maior problema não é apenas não nos reconhecermos na rua. O nosso problema grande é estarmos convencidos que os problemas deles não nos dizem respeito. A nossa tragédia é acharmos que não temos nada a ver com isso.

Há três ou quatro anos, caminhava com um conhecido no aeroporto. De repente, ouviu-se um estalido. Ele agarrou-se ao peito com as duas mãos, caiu de joelhos e, pálido, esperou por morrer. Não morreu. Tinha-lhe rebentado um isqueiro no bolso da camisa. Aliviado, encostado a um balcão, a beber um copo de água, explicou que esse ardor repentino e esse susto pareceram-lhe um ataque cardíaco. Nunca tinha tido um ataque cardíaco antes, por isso confiou em descrições vagas, a que nunca tinha realmente prestado muita atenção.

Há alguns anos também, talvez um pouco mais do que três ou quatro, tinha acabado de participar num jantar cordial, reconfortante. Toda a gente estava bem disposta, à porta dos anfitriões, longa despedida, graças, à espera de táxi. De repente, tocou o telefone de um senhor com quem tinha estado a conversar durante todo o serão. Ninguém reparou nesse telefonema até ao momento em que o senhor começou a chorar convulsivamente. Ficámos todos a olhar sem saber como chegar até ele. Tínhamos braços, estendíamo-los na sua direcção, mas continuavam distantes.

Irritamo-nos com a existência uns dos outros. Fazemos sinais de luzes àquele homem com setenta anos, num carro dos anos setenta, que anda a setenta quilómetros por hora na auto-estrada. Contrariados, esperamos por aquela pessoa que atravessa a passadeira, enchemos as bochechas de ar e sopramos. Impacientes, batemos no volante. Daí a minutos, depois de estacionarmos o carro, somos essa pessoa a atravessar a passadeira. Da mesma maneira, daqui a algum tempo, não muito, seremos esse homem com setenta, dos setenta, a setenta. O tempo passa. Se deitarmos lixo para o chão, alguém o apanhará.

Um amigo que teve um AVC, que passou por uma reabilitação profunda, que enfrentou a morte e a paralisia, depois de anos de fisioterapia, depois de esforço gigante e sofrimento gigante, falou-me da forma como esse susto muda tudo. Passa-se a apreciar aquilo que realmente importa. A imensa maioria das preocupações transformam-se em luxos ridículos, desprezíveis, alimentados pela cegueira. Após essa experiência de quase morte, ganha-se uma nitidez invulgar, que, no entanto, esteve sempre lá. Para percebê-la, bastava levar a sério a promessa de transitoriedade de tudo e, também, levar a sério essa palavra, esse planeta: o amor. Ao ouvi-lo, fui capaz de entender aquilo que dizia. Depois, também fui capaz de entender quando me disse: mas, sabes, ao fim de algum tempo, esquecemo-nos, voltamos a tomar tudo por garantido e voltamos a cometer os mesmos erros.

Repito para mim próprio: estamos tão perto uns dos outros. Não há nenhum motivo para acreditarmos que ganhamos se os outros perderem. Os outros não são outros porque levam muito daquilo que nos pertence e que só pode existir sendo levado por eles. Eles definem-nos tanto quanto nós os definimos a eles. Eles são nós. Eles somos nós. Se tivermos essa consciência, podemos usar todo o seu tamanho. Mesmo que pudéssemos existir sozinhos, de olhos fechados, com os ouvidos tapados, seríamos já bastante grandes, mas existe algo muito maior do que nós. Fazemos parte dessa imensidão. Somos essa imensidão que, vista daqui, parece infinita.

José Luís Peixoto, in revista Visão (Dezembro 2011)

Imagem: Duy Huynh

09/01/12

Escrever bem nas costas




Objectivos: Promover a interacção do grupo; melhorar a comunicação; fomentar a boa disposição e o sentimento de gratidão.

Material: papel, canetas e fita-cola.

Desenvolvimento: Cola-se uma folha nas costas de cada participante, prendendo-a com fita-cola. Cada participante deve ficar com uma caneta. Ao sinal do moderador, os participantes devem escrever na folha de cada colega a característica positiva que mais apreciam nele(a). Depois de todos terem escrito bem nas costas de todos os colegas, podem retirar as folhas, ler e reflectir, individualmente ou em grupo, sobre o que descobriram.

Nota: Poder-se-ão acrescentar mais variantes, de acordo com os objectivos que se pretendem atingir. 

Sintra | Sessão 2


07/01/12

Espalhar alegria...



...é um dos desafios que vos lanço para este ano. Espalhar alegria pelos que estão à nossa volta e nos merecem todo o respeito e reconhecimento pela dedicação ao que fazem. Comecemos nas nossas casas, nas nossas escolas, no supermercado ou até, porque não, no autocarro...
Mukhtar, um condutor dinamarquês, foi surpreendido pelos clientes no dia do seu aniversário. Uma surpresa simples, mas tão poderosa... Uma lição grandiosa de entusiasmo, gratidão e alegria!
Desejo-vos um bom ano de 2012, em que a partilha dos afectos e a generosidade sejam uma constante e se sobreponham a tudo o que de mais negro nos tentam transmitir!