10/03/11

Por onde anda o amor na Educação Sexual?


Enquanto persistir uma visão que separa a natural ligação entre corpo e mente, quer dizer, enquanto se debaterem medidas de intervenção nas vivências da sexualidade de forma desintegrada do espaço afectivo, é impossível ir muito longe. Fica-se pela superficialidade da situação, fala-se do que é mecânico, esquecendo-se o mental, tocando por fora, omitindo o que vai por dentro. De facto, do que muitos desses adolescentes necessitam, é de alguém que os escute, que lhes fale ao mais particular de cada um, que os contenha e organize emocionalmente, que se ofereça como modelo de relação afectiva que assim, só assim, lhes toque no coração, lá onde moram os sentimentos, se elaboram os impulsos, se afirma a razão. E a isso chama-se amor.

Pedro Strecht, in "Vontade de Ser - Textos sobre Adolescência"

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